quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amigos virtuais

Com a chegada do Caio na minha vida, numa época em que eu vivia distante da minha família (e, infelizmente, ainda vivo), senti-me sozinha e despreparada para cuidar de um pequeno ser. As amizades que eu tinha próximas à mim ou não tinham vivência ou não tinham interesse em ajudar (leia-se ensinar) uma pobre iniciante mãe...

Meu filho sofreu muito me ensinando como cuidar dele. Era a fralda que vazava antes da hora, as amamentações noturnas que eu não sabia como retirar, as papinhas (como se faz isso, meu Deus?), os incentivos... fiz o melhor que pude, mas, sempre com a impressão que esse tudo não era grande coisa...

Essa impressão me fez procurar ajuda no mundo virtual. Comecei a fazer parte de grupos, principalmente daqueles voltados para a maternidade... neles, além da ajuda que eu precisava, ganhei um grande presente: amigos virtuais.


Repentinamente me vi às voltas com pessoas completamente desconhecidas que se mobilizavam para tentar me ajudar. Pesquisando fraldas que não vazavam, contando experiências bem e mal sucedidas, dando-me todo o apoio que eu precisava para aquele momento maluco que eu vivia...

Os grupos dessa época inicial não existem mais, mas, mantive comigo muitas amigas (sim, amigas) virtuais.


Minhas andanças continuaram, afinal filho sempre tem uma necessidade nova (ô bichinho que é só novidade, viu?) e hoje tenho várias, várias amizades virtuais... algumas se tornaram reais e outras, além disso, se tornaram vitais, mais presentes em minha vida do que muitos membros familiares.

O melhor de se ter amigos virtuais não é só se despreocupar com visitas fora de hora. É saber que eles sempre estarão disponíveis... senão naquele momento, com certeza daqui a pouco, assim que ligarem o PC.

Ainda me emociono com o que um amigo virtual é capaz de fazer, com a Cris Mattos que, sem nem me conhecer pessoalmente, enviou ao Nick um lindo conjunto de crochê, feito por ela mesma (foto... falhou... :-P )

Ou com o quão sensível esse amigo pode ser, como a Evelin, que leu nas entrelinhas que, num certo dia, eu estava triste (coisa que me é rara acontecer), ou como a Rita, que soube me oferecer ajuda num momento em que ninguém sabia como se aproximar de mim... nem mesmo meus amigos "reais", que até agora nem sabe que tive problemas...

Não sou uma pessoa totalmente moderna... ainda tenho um pé na Idade Média, mas, hoje não me vejo mais sem minhas amigas virtuais (é mesmo... sabe que não tenho nenhum amigO virtual? Que coisa, não?). Não sei mais como tomar uma decisão ou superar uma dificuldade sem antes apresentar a situação para elas. Posso até estar me tornando dependente do mundo virtual, mas, não tenho como negar que só ganhei com essa inclusão digital... :-)



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